terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Toc Toc... Quem bate? É o ano novo e todos os seus desejos!

O que dizer do ano que acaba? De suas promessas? Ou melhor, de nossas promessas/desejos? Enfim, estamos na última semana do ano...
O que a psicanálise tem a dizer do que desejamos e não realizamos?  Do que realizamos e nem desejamos? Queremos realmente o que desejamos?  Com os estudos psicanalíticos desse ano percebi que muitas das promessas ficam só nas promessas... e por que?  Em suma porque  é bastante comum não se querer o que se deseja. A nós analistas isso nos serve como ferramenta para diagnosticar...
Exemplificando: os obsessivos os quais seriam aqueles que só querem o que não desejam, pois assim não arriscam perder o que lhes é mais precioso, ou mais seguro... e os que perpassam na histeria se colocam como eternos insatisfeitos com o que obtêm, e portanto, desejam sempre outra coisa.
Querer o que se deseja implica o risco da aposta – toda decisão é arriscada – e a coragem de expor sua preferência, mesmo que esta venha dizer de algo ridículo, vale o risco.
Então, colegas, amigos e companheiros analistas, no Ano novo,  a pretensão de uma promessa analítica, seria  suportar querer o que se deseja e não temer a surpresa do próprio Ano novo...do novo... do imprevisível... do incontrolável.
                  A porta está aberta e que venham os desejos!!!!        


Dhiulliana dos Santos Moura