terça-feira, 22 de março de 2011

Amor Incondicional, Amor Condicional, Amor Líquido (2)

Queridos Leitores

 Num texto anterior, onde iniciamos esse assunto, deixei algumas perguntas para sua reflexão. Nesse ínterim, alguém me perguntou se Amor Condicional e Amor Líquido deveriam ser considerados como verdadeiro AMOR. Agora, confira sua opinião com nossas considerações e veja uma das consequências do amor líquido!

Se fizermos analogia da Escala do Amor – Amor Condicional , Amor Líquido, Amor Incondicional -  com a Escala do Self criada por Rogers, em que no extremo esquerdo está a fixidez (solidez) e no outro extremo está a flexibilidade (liquidez*) do self , diria que a pessoa que tivesse um  tipo de amor líquido seria mais flexível na sua própria forma de pensar, perceber e aceitar a si mesmo e os outros.
Por outro lado, se considerarmos que a liquidez do amor, atualmente, segundo Bauman, se apresenta exatamente no descarte de relacionamentos, ausência de compromisso, desrespeito consigo mesmo – uso indevido de drogas, por exemplo - e com os outros nas mais diversas situações, podemos arriscar dizer que uma das conseqüências ou causas para esse fenômeno é a psicopatia social. A solidificação da crueldade  com aumento da impiedade, intolerância, mentira, corrupção e manipulação têm impedido um fluir incontaminado de doenças emocionais e afetivas no mundo  inter e intra  da psiquê  -  pessoas e seus relacionamentos.
A tomada de consciência  desses processos é um bom início para que se perceba  qual  é sua situação no mundo  - se você está vivendo de forma coerente e amorosa consigo mesmo. Porém, se você tem se desencontrado com o seu próprio ser é hora de buscar ajuda para que o sofrimento psicológico não se instale de forma irremediável.
No ambiente da psicoterapia, a pessoa terá a oportunidade de  perceber em que ponto se encontra na escala do seu ser .  Será também ajudada a decidir se deseja transitar e fluir  para seu crescimento pessoal e relacional de forma equilibrada e saudável, amando e deixando ser amada, cada vez mais em direção ao Amor Incondicional.
*termo não é atribuído a Rogers.

Com amor e carinho


Ranúzia

terça-feira, 15 de março de 2011

Relacionamento, THE END!

Assisti a um filme e após todas as reflexões me deu vontade de partilhar com você leitor.
O amor não tira férias. Quem viu, ótimo, quem não viu farei uma análise básica, o que não comprometerá caso queira vê-lo.
Vamos aos insights. O amor acaba? A pessoa que tanto admiro erra ou trai? Um sim dela ou um não têm a ver com algo além? Se era tão maravilhoso, por que acabou? Saiu ou choro até as lágrimas secarem?
Meus amigos, quem dera eu ter todas essas respostas.
Como no filme, na vida real também, a constituição de cada pessoa ditará as facetas dos relacionamentos e mais, será determinante na forma de reagir e de ressignificar dos envolvidos.
Quantos casos clínicos dizem de relacionamentos acabados, traídos, não entendidos? Quantas pessoas vão pra rua, pra balada em busca do Outro, ou seria de si?(a exposição dita agora o comportamento).
Em contra partida, você também deve conhecer àquelas que se recusam a sair, a aparecer, a se deixar ver, afinal, o “mundo” acabou que importância tem o resto?...
Mas, então, se não é isso nem aquilo, o que é? É o que tem que ser, escapando ao bom ou ruim, é você decidindo e sentindo, vendo sem o véu, indo pra rua ou ficando em casa, isso independe.
Sabe o que importa de verdade? A consciência, sim, ela é que deve ser a força motriz das experiências. Fazer e ser conscientemente, olhar de frente a Falta, mais que nunca necessária, e agir.
O não sei, estou perdido(a), nem sei se sinto raiva, ou se acredito que a pessoa estava mesmo confusa e, portanto, não será melhor sentir-me culpado(a)? É aí, caro leitor, que se dar o engodo e a repeti(A)ção.
Enfim,  para a psicanálise, o sujeito como SUJEITO deve comparecer e, para tal, é necessário alguns auto-questionamentos.
1- Qual a fonte de tudo? A pessoa perdida foi de fato perdida ou nunca foi pertencente à relação? E você o que fez ou o que não fez?
2- Identifique seus sentimentos;
3- Permita sentí-los;
4- O seu tempo é seu tempo. Cada um tem um;
5- E depois, com o eixo em si, atue (diga sim ou não, vá ou fique) CONSCIENTEMENTE.
The End!
Abraços
Dhiulliana Moura
CRP 01/15501