terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Cyberbulling", sua vida invadida via online


Amigos leitores,
Outro dia conversava com uma amiga sobre depoimentos e comentários via online e ela relatou que é difícil em alguns momentos deixar depoimentos, principalmente se o conteúdo disser algo do particular.
E me surgiu uma inquietação: Mas, a ideia não é essa? Ou seja, mostrar o que se pensa, o que é, quais as vivências diárias, que tipo de relação está buscando, o que tem, o que almeja, o que está fazendo e sentindo naquele exato momento? Ou esses conceitos perderam seus teores de singularidade?
Fato é, hoje são inúmeros os Facebooks os Twitters, Orkuts, enfim, inúmeras portas para a exposição, para a disseminação de imagem e condutas que alcançam os quatro cantos do mundo à velocidade da luz.
Leitores, antes que me tenham mal, afinal, “Quem não é VISTO não é lembrado”! Por favor, não é que renego essa sensação e pulverização que a internet oferece às relações e à comunicação, é algo, além disso.
Já ouviram falar de “Cyberbulling”? Então, com esses avanços da tecnologia o Cyberbullinng se tornou um desdobramento do Bulling, constrangimento recorrente entre crianças ou adolecente e comum em escolas. Mas, essa prática partiu para internet, e como tudo via online, ganhou força e rápida disseminação.
E como acontece?
Da seguinte maneira, há uma infiltração em correios eletrônicos, blogs, Orkut, Msn, etc. O agressor nesse caso, muitas vezes escondido atrás de um apelido, derrama sua raiva e infelicidade enviando mensagens ofensivas a outras pessoas. Em muitos casos, ele exibe fotos comprometedoras, altera o perfil das vítimas, cava e floreia informações básicas criando situações que reforcem o ataque. O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente, ou simplesmente o "alvo" da vez. E os efeitos podem ser desastrosos, indo de traumas ao suicídio.
O que fazer?!
Pois bem, ousarei algumas sugestões...
Aumente o cuidado, aprimore seu crivo sobre onde e que tipo de conteúdo tem extrapolado à necessidade de multiplicar e trocar informações, e assim, estará se fazendo VER com segurança e responsabilidade.
Até mais.

Dhiulliana Moura
CRP 01/15501

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Amor Incondicional, Amor Condicional, Amor Líquido

Queridos Leitores,

Como havia prometido, preparei para vocês dois textos sobre o tema Amor. O segundo texto que é continuação desse de hoje será  publicado em outro momento. Fique de olho para não perder o fio da meada. Acho que você vai gostar! Ah, não esqueça de deixar sua opinião, e se quiser, fique à vontade para registrar suas respostas às perguntas que estarão ao final!
Já iniciei o agendamento de psicoterapia! Entre em contato conosco através dos telefones que estão do lado direito do blog.

Com Amor!
Ranúzia

Confesso que dessa vez foi difícil construir a idéia sobre esse tema do amor. Primeiro, porque falar sobre esse assunto deveria fazer  sentido antes de tudo para mim e não ser apenas um modismo. Segundo, que amor pode ser um assunto maçante para muitos.
 Busquei entre os meus muitos sentimentos e percepções algo que ilustrasse o que seria por exemplo o Amor Líquido. E me ocorreu uma frase até hilária atribuída a  Jânio Quadros quanto ao seu gosto pela bebida: "Eu bebo porque é líquido... Se fosse sólido, comê-lo-ia!". 
Avaliei se a expressão “Amor Líquido” por si só remontaria a atitudes boas ou atitudes más, ou seria mais um aspecto da nossa humanidade. O Amor Líquido, segundo Bauman é o fenômeno atual  da fragilidade das relações humanas e o relacionamento em rede que pode ser tecido e desfeito de forma rápida e virtual.
 Já, o Amor Condicional é aquele que ama por causa de alguma qualidade no ser amado e se mantêm desde que essas qualidades sejam mantidas. As garotas dizem que amam o namorado porque ele é bonito, responsável; simpático, e outros tantos atributos.
O  amor que simplesmente  não coloca condições para sua existência é o Amor Incondicional.  Pensei, então, que o Amor Líquido poderia ficar situado em vários pontos de uma escala fictícia entre o Amor Condicional e o Amor Incondicional, os dois extremos dessa Escala de Amor. 
Proponho, então,   perguntas para reflexão:  1)O que é o Amor Líquido pra você?; 2) Em sua opinião, o amor pode adoecer alguém?; 3) Onde você se situaria na Escala do Amor a seguir: nos extremos, em transição entre pontos da escala, mais à direita ou mais à esquerda? ;4) O que você acha da letra de Monte Castelo, de Renato Russo?
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22490/

Escala do Amor:
/____________________________________________________/
AC    AL   AL     AL   AL   AL   AL   AL   AL   AL    AL        AI


AC – Amor Condicional
AL – Amor Líquido
AI – Amor Incondicional


Até o próximo texto! 
Ranúzia

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

No Divã, a Mágoa e o Arrependimento

Amigos,
Hoje quero compartilhar um relato que retornou às minhas lembranças como um raio.

Um dia, disse alguém, fui tão magoada e ferida que ao relembrar me dá náuseas.
“Era tanto furor, e não pude fazer nada. Era tanta força e não conseguia sair do lugar.”
“Havia tanto horror naquela situação, mas, parecia que pertencia ao recorte de minha existência.”
Confesso que no início da conversa não sabia do que estávamos falando, só depois, uma palavra me arrastou da ignorância - MÁGOA - foi como um clik.
No entanto, precisava ouvir e entender mais daquele discurso.
“Como pude sentir tudo aquilo e não fazer nada?”
“Ficar quieta?”
“Olhar quando o que eu mais queria era não ter que ver”?
“Por que não deixei tudo e fui embora?”
“Hoje vivo com essa mágoa (ou seria melhor, vivo Por essa mágoa? – interpretação). Mágoa de mim por não ter agido, atuado, interdito.”
Indaguei sobre o que sentia a respeito de quem provocou o sofrimento.
E a reposta foi singela.
“Ah! Quanto a isso não penso, só sei que se pudesse voltar no tempo, faria diferente.”

Somos capazes de viver e experienciar diversas relações. Construímos através de trocas, estamos em constante reinvenção
Porém, alguns sentimentos são capazes de arrastar o ser humano para involução, para o descompasso repetitivo e até para morte.
Morremos (lê-se, secamos) ao nos aprisionarmos à mágoa, ao ressentimento.
Quantas doenças psicossomáticas* se irrompem quando negamos nos desvencilhar de certos momentos?
Arrepender-se, retomar e recomeçar é saudável, é criativo, é vida é libertação.
Mas arrepende-se e se investir de culpa, como se isso fosse diminuir responsabilidades, pode configurar somente uma forma de justificar a inércia e manter-se em uma “zona de conforto (desconfortável).”
Sei que tudo isso pode trazer alguns questionamentos, e me desculpem os menos tolerantes, mas a idéia é essa mesma.
O que fazer com a mágoa?
Ou com o arrependimento que nos força a voltar e voltar e voltar, num sentido tal, que só faz sofrer?
Retomando o relato e o tendo como exemplo, não há A resposta que atenda a todas as queixas ou casos clínicos, cada um é singular.
Mas se me permitem, quero evocar Mário Quintana,Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos. Atos são pássaros engaiolados. Sentimentos são pássaros em vôo".
Ou seja, sentimentos são trocas, são vivências, podemos alimentá-los positivamente, e “PLIM”, se dará a revitalização do Ser.
Por outro lado, se os alimentarmos negativamente...
(deixo para você leitor o fim desse pensamento).
Por fim, em análise propomos ao sujeito, segundo Freud, relembrar, reviver e ressignificar conteúdos.

Até mais!
Dhiulliana Moura
CRP01/15501

 



















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*Doenças psicossomáticas, mal que acomete o corpo, mas que a causa está ligada ao emocional, psicológico.